Passada a alegria da Festa de Domingo, trocados os beijos e as amêndoas, voltamos à questão que se levantou na Noite da Luz: “O que significa Ressuscitar com Ele?”
Será como o acordar, um dia, quando nos fôr dado acolhimento noutro espaço, noutro tempo – o tal “fim dos tempos”? Será?
Porque não hoje, famintos como estamos dessa Paz?
Eis que já nos foi dada a chave do Reino: “Se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros” (Jo 13,14) – o Outro, meu irmão, meu próximo, meu espelho... reflexo do Divino que não cabe em templos nem no cimo dos montes, aqui, ao alcance da mão, pobre e nú na nossa frente.
Eis que já nos foi dada a chave do Reino: “Se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros” (Jo 13,14) – o Outro, meu irmão, meu próximo, meu espelho... reflexo do Divino que não cabe em templos nem no cimo dos montes, aqui, ao alcance da mão, pobre e nú na nossa frente.
Chave de exigente manejo: para que abra a porta prometida, teremos de deixar o cadáver do orgulho que nos impede de dobrar os joelhos; do egoísmo que nos alimenta até à obesidade; da ganância que nos tranca os bolsos do casaco e do coração; do hedonismo e da indiferença que nos turva a visão, gela as mãos, condena ao sono sem sonhos...
Aqui e Agora, todos os dias (ainda) é tempo (por quanto tempo?) de soltar as velhas mortalhas e Ressuscitar....
Teremos coragem para isso? Por quanto tempo pode o Senhor-no-Outro esperar pela Sua Ressurreição em nós?