quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Como a erva


"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o Seu santo nome (...) O homem, os seus dias, são como a erva, como a flor do campo assim floresce . Passando por ela o vento, logo se vai e o seu lugar não será mais conhecido"
Sl 103 1; 15,16

Tanta mágoa pelo esquecimento em que os outros parecem ter deixado ficar o nosso EU - terá, de facto, havido esquecimento?

Tanta ofensa por palavras ditas contra o EU - terá, na verdade, havido ofensa voluntária?

Tanto ressentimento pelo silêncio, tido como inimigo do Eu... - não será o silêncio, muitas vezes, apenas um modo atento da escuta respeitosa que pedimos?

Tanto sentimento remoído, de abandono, desilusão, traição, desamor...

Tanto tempo gasto a embalar o Eu!

Tanto espaço que o nosso EU ocupa!...

E, afinal, o vento apagará o nosso rasto, porque as nossas raízes são frágeis e os caules secarão.
Acarinhemos pois as flores, diferentes de erva para erva, porque é delas a beleza dos campos e delas ficarão as sementes, que o Semeador cuidará.
Não se vire a erva contra a erva, para que a terra não se torne estéril ou campo de espinheiros...

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!






1 comentário:

Maria-Portugal disse...

Bendiz minha alma ao Senhor!